segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quadrilhas aplicam golpe de milhões de reais no seguro-desemprego


uem já ficou sem trabalho sabe: o seguro-desemprego é uma proteção muito importante para o trabalhador brasileiro. Só que bandidos estão falsificando informações para conseguir o benefício, um golpe de milhões de reais. Segundo a Polícia Federal, estas pessoas, e pelo menos outras 3 mil, forneceram os dados pessoais para uma quadrilha. E aí começaram a receber o benefício do seguro-desemprego, mesmo sem ter direito a isso. O golpe provocou um rombo milionário nos cofres públicos. 
Essa fraude foi descoberta no momento em que o seguro-desemprego e outros benefícios trabalhistas são tema de discussão entre o Governo Federal e as centrais sindicais. Medidas provisórias tornaram mais rígido o acesso aos benefícios.  A mais recente reunião aconteceu terça-feira (3) passada e o governo não voltou atrás. Nesta reportagem, vamos mostrar as mudanças que podem afetar diretamente o seu bolso e os golpes mais comuns envolvendo o seguro-desemprego.
A oficina mecânica em que Rudney Araújo do Carmo trabalha fica em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Rudney Araújo do Carmo recebe o seguro-desemprego. Duas parcelas já foram pagas: pouco mais de R$ 2,4 mil. Pelo menos no papel, consta que ele foi demitido da oficina sem justa causa. Mas imagens mostram que Rudney continua trabalhando normalmente como mecânico. Só em 2014, 8,5 milhões de brasileiros receberam o seguro-desemprego, totalizando quase R$ 33 bilhões.
 
“A principal distorção reside principalmente naquele acordo que o trabalhador faz com o patrão, muitas vezes, para pedir para ser demitido. O patrão concorda e o trabalhador fica recebendo o seguro-desemprego e continua trabalhando na mesma atividade. Essas distorções precisam ser corrigidas”, explica o especialista em contas públicas José Matias Pereira.
 
O popular "bico" também é proibido. “Se o trabalhador estiver em uma atividade, mesmo que informal, isso caracteriza um recebimento indevido do seguro-desemprego e, portanto, fica caracterizada a fraude”, diz Cícero Avila de Lima, presidente do Fundo Social do Trabalhador de Campo Grande. Um especialista em controle de solo e pavimentação está sendo investigado pelo Ministério do Trabalho. Já recebeu quase R$ 2,7 mil de seguro-desemprego. Para o Fantástico, ele confessou que fez dois "bicos" enquanto recebia o benefício.
Fonte: G1

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