O Sindicato dos Servidores da Saúde do RN está convocando os servidores da saúde para dois atos públicos nesta semana. O objetivo é aproveitar a mobilização nacional que o país vive, para cobrar dos governos mais investimentos em saúde e o respeito aos servidores. “A luta nas ruas que começou pela passagem é um grito pelos direitos que os governantes negam à população. E o principal direito negado é o direito à saúde, o direito à vida. Por falta de investimento”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.
O primeiro ato ocorrerá no Giselda Trigueiro, na quarta, às 09h30. Nesta segunda, a direção do Sindsaúde esteve novamente no hospital, conversando com os servidores. O desabastecimento de medicamentos e de insumos, até de esparadrapos, é constante. Segundo informações de servidores, a quantidade que chegou não dura até o fim da semana e também deve faltar seringas no próximo fim de semana. Para solucionar o problema, os funcionários fazem um verdadeiro “escambo”, trocando medicamentos com outros hospitais. Além disso, o aparelho de raio-X e uma ambulância estão quebrados.
No dia seguinte, o ato será no Hospital Santa Catarina, cuja pediatria vive uma crise há meses, com falta de médicos, servidores e leitos. A situação foi agravada, após o fechamento da maternidade Leide Morais. A Secretaria Estadual de Saúde abriu novos leitos para a obstetrícia, sem colocar mais profissionais. Assim, além da superlotação, há o excesso de trabalho, com cada equipe atendendo 114 pacientes.
“Os servidores e médicos trabalham no limite, sem condições de salvar as vidas, e os governos ficam discutindo pra ver de quem é a responsabilidade”, afirma Simone Dutra. “Vamos às ruas para ter mais investimentos na saúde pública e a valorização dos servidores”, defendeu. Na quinta, também ocorrerá a jornada nacional de luta das centrais sindicais, convocada pela CSP-Conlutas e outras entidades.
Da Tribuna do Norte
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