Casos recentes de uma doença rara têm colocado as autoridades de saúde de alguns estados do Nordeste brasileiro em alerta. Trata-se da síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença neurológica, de origem autoimune, que provoca fraqueza muscular generalizada e que, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte.
De acordo com o último boletim da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), divulgado na última terça-feira (21), foram confirmados 50 casos da doença neste ano. Também foram registrados 14 casos no Maranhão e seis na Paraíba, onde uma pessoa morreu
.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que não dispõe do número total de casos no país em razão da doença não ser de notificação compulsória, mas afirmou que no ano passado foram registrados 65.884 procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS em decorrência de Guillain-Barré. O ministério também informou que está acompanhando, junto às Secretarias de Saúde estaduais, as investigações dos fatores associados à ocorrência da síndrome e que não há, até o momento, estudos que indiquem a relação entre a doença e casos de zika ou de dengue ou chikungunya.
A suspeita da ligação da SGB a essas doenças transmitidas pelo Aedes Aegypt existe em decorrência de que muitas das pessoas diagnosticadas com a doença apresentavam histórico de doença exantemática. Dos 50 casos registrados na Bahia, por exemplo, 48 apresentavam suspeita de zika vírus.
A síndrome
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara - atinge em média uma pessoa a cada 100 mil habitantes – e que pode surgir após infecções por vários tipos de vírus ou bactérias. De origem autoimune, ela ocorre por causa a produção inapropriada de anticorpos que passam a atacar a bainha de mielina, que é uma substância que recobre e protege os nervos periféricos.
Como alguns vírus e bactérias podem possuir proteínas semelhantes às presentes na bainha de mielina, em alguns casos eles podem levar o sistema imunológico a criar anticorpos contra essas proteínas, passando a atacar não só o vírus invasor, mas também a bainha de mielina.
O ataque dos anticorpos cria um intenso processo inflamatório que leva à destruição da bainha de mielina, que bloqueia a passagem dos estímulos nos nervos motores, ocasionando, assim, paralisia muscular com pouca ou nenhuma diminuição da sensibilidade.
Em alguns casos, a manifestação da SGB ocorre após a ocorrência de cirurgias, vacinas, traumas, linfomas, HIV,
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