Menos de 4% dos estudantes no Rio Grande do Norte terminam o ensino médio dominando o conteúdo de matemática. É o segundo pior índice do Nordeste, empatado com Alagoas e melhor apenas do que o registrado no Maranhão (2,8%). Em português, 15,6% dos alunos no RN concluem com os conhecimentos essenciais. Nesse caso, o percentual é o terceiro mais fraco da região. Os dois piores estão no Maranhão (12,2%) e em Alagoas (12,6%). Esses dois estados têm os piores resultados do país.
Os números estão no relatório De Olho nas Metas, divulgado ontem pelo Movimento Todos pela Educação. O nível de proficiência em matemática foi medido com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica referentes a 2013, do Ministério da Educação. No Rio Grande do Norte, a taxa foi de 3,8%. Mas não é só o estado e outros da região que amargam resultados ruins.
De acordo com os dados, 2,7% dos estudantes de Roraima terminam o ensino médio dominando o conteúdo de matemática. No Maranhão, o percentual é 2,8% e no Amazonas, 2,9%. São os três resultados no relatório.
O resultado também é baixo na média nacional: 9,3% dos que concluem o ensino médio absorveram o essencial da disciplina. Os estudantes do Distrito Federal tiveram o melhor desempenho com 17%. Nem mesmo os estados com melhor resultado atingiram a meta proposta pelo Todos pela Educação de 28,3% dos estudantes com domínio do conteúdo de matemática. “A cada 20 crianças que ingressam no ensino fundamental, apenas uma está saindo com a aprendizagem adequada em matemática”, enfatiza a coordenadora-geral da pesquisa, Alejandra Velasco.
Em português, os resultados foram um pouco melhores, porém também abaixo das metas. O Distrito Federal tem 40,2% dos estudantes concluintes do ensino médio com os conhecimentos essenciais em português. O percentual é maior do que a meta nacional (39%), mas menor do que o objetivo específico (54,7%). Na média de todo o país, o percentual ficou em 27,2%. Os piores resultados foram no Maranhão e em Alagoas.
Para contornar essa situação, Alejandra Velasco defende uma atenção específica ao ensino médio. “Só corrigindo o percurso todo é que se corrigirá essa estatística. Isso é o produto de toda a escolaridade desse aluno. A gente precisa ter soluções específicas para os anos finais do ensino fundamental, que é uma etapa esquecida das políticas públicas”, ressaltou.
Para Alejandra, a matemática é uma disciplina especialmente difícil de se apresentar aos estudantes. “Há uma dificuldade maior de relacionar esses conteúdos com o cotidiano do aluno”, destacou. Por esse motivo, ela enfatizou a importância da capacitação dos educadores.
informação do blog do seridó
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